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Interview and in-studio performance with Dutch lutenist Josef van Wissem

Primeira emissão do ano que agora se inicia. Descansámos e voltámos entusiasmados para um grande ano de sessões - semanalmente na Zero e quinzenalmente na Antena 3. Na estreia de´08 cruzamo-nos com o mais americano dos holandeses, Josef van Wissem, um dos únicos tocadores de alaúde no mundo a fazer a ponte entre a escrita renascentista e barroca para este instrumento e as linguagens musicais contemporâneas. Van Wissem já colaborou com incríveis nomes da música improvisada e experimental, como os guitarristas Tetuzi Akiyama, o ex-Captain Beefheart Gary Lucas, James Blackshaw - com quem acaba de gravar um disco - e o reputado nova-iorquino Elliot Sharp. Antes do concerto de dia 18, na Zé dos Bois, em Lisboa, Josef van Wissem esteve no Má Fama.

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Interview and in-studio performance with Liz Harris's Grouper

De forma pouco eloquente, poderíamos descrever a música de Grouper - nome artístico da norte-americana Liz Harris - como um feliz cruzamento entre noise e pop. O resultado são etéreas canções psicadélicas, submersas em camadas de distorção e reverberação sobre as quais a voz planante de Grouper implode. Com um quarto disco pronto, a ser editado pela TYPE records, Grouper esteve recentemente em Portugal para um concerto único na Zé dos Bois. Antes de dobrar o ano, trazemos-vos uma conversa registada aquando da sua passagem por Lisboa, assim como sons do concerto.

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Norberto Lobo © Vera Marmelo

Interview and in-studio performance with Lisbon
based guitarist Norberto Lobo

Com apenas uma guitarra, invariavelmente acústica, Norberto Lobo - 25 anos de Lisboa inscritos na pele - procede a um pequeno grande milagre. "Mudar de Bina", a sua estreia a solo, concentra em pouco mais de trinta minutos, dez imaculadas canções - sempre instrumentais - de uma maturidade rara, num todo profundamente português. Traz Carlos Paredes no coração, dedicando-lhe o disco. Mas a música do jovem guitarrista apropria-se de outros elementos: As melodias e as harmonias tanto evocam a nossa música popular, como sugerem anos e anos a ouvir e tocar música brasileira. O dedilhado recorda-nos os ensinamentos popularizados por John Fahey e toda a Escola Takoma. Apesar da curta carreira, Norberto Lobo já partilhou palcos com incontornáveis como Devendra Banhart, Larkin Grimm ou Lhasa e uma nova digressão internacional está a ser planeada.

Um ano depois, Norberto Lobo regressa ao Má Fama, deste vez na companhia do indiano Niraj Singh - mestre de tablas - para uma conversa e sessão musical. Em estreia, ainda, na guitarra de 12 cordas e, finalmente, oportunidade raríssima para o ouvir em dueto com Larkin Grimm.



Norberto Lobo © Vera Marmelo

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The New York-based musician Julianna Barwick chose the voice as her main instrument. With only the help of a guitar pedal with a loop feature she wrote "Sanguine", a homemade collection of short but beautiful circular and ethereal songs. The interview and in-studio performance was recorded some weeks ago, during Julianna Barwick's first European tour. Exploratory choir music?

A norte-americana Julianna Barwick elegeu a voz como intrumento de eleição. Com o auxilio de uma pedaleira que lhe permite gravar e repetir frases, compôs o disco caseiro "Sanguine" - reunião de curtas, mas belas canções circulares. A entrevista e a sessão musical com Julianna Barwick foi registada aquando da sua estreia no nosso país, integrada, a nosso convite, no Festival Inversions. Musica coral exploratória?

PS. Quarta, na Antena 3 (22h-23h), o terceiro especial Má Fama, desta vez dedicada aos Lobster.

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Interview & in-studio performance with Iceland-based quartet Amiina.

A Islândia é um país pequeno. Mesmo pequeno. Num país onde todos se conhecem e com uma elevada densidade de músicos, um quarteto de cordas com formação clássica, aberto a contaminações da Pop, arrisca-se a gravar com tudo o que é banda de Reiquiavique e arredores. Foi o que aconteceu com o quarteto Amiina, durante anos a banda de suporte, em disco e ao vivo, dos vizinhos Sigur Rós. A experiência marcou-as, de tal forma que um belo dia decidiram concentra-se nas suas composições musicais. Gravaram um EP e acabam de editar o primeiro longa-duração "Kurr". Ao vivo, as canções - maioritariamente instrumentais - ganham uma nova dimensão. Podem-no confirmar na sessão registada em exclusivo para o programa, na qual a banda dispôs de mais de três dezenas de instrumentos, entre eles violas e violinos, harpas, xilofones, copos com água, campainhas, serrotes e sintetizadores.

Amanhã, quarta-feira (31/10), vai para o ar a nossa segunda participação na Antena 3 (algures entre as 22h-23H). O nosso convidado é o Norberto Lobo , que já esteve por cá, há coisa de um ano, para uma belíssima sessão musical.

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The Einstürzende Neubauten are more than a band today, they are an musical institution. The group was formed in Western Berlin during the tense years of the Cold War. Thanks to its violent and apocalyptic concerts, the band got to be known as pioneer of the industrial music. In these concerts they mixed conventional rock instruments with construction tools such as hand-drills, chainsaws and hammers – many actually built by the musicians themselves. Led by Blixa Bargeld – who was for years one of Nick Cave’s Bad Seeds – the Neubauten evolved and are now a new band: the sonic terrorism was replaced for a greater harmonic richness and better dynamics. With no label but totally supported by the fans, the band has just released a new album, “Alles Wieder Offen” – in English, “Everything Open Again”.

In this week’s session we listened to their new album and talked on the phone with Alexander Hacke, one of the first members of the Neubauten.

Mais do que uma banda, os Einstürzende Neubauten são hoje uma instituição. Formados em Berlim Ocidental, durante os tensos anos da Guerra-Fria, a banda ficou conhecida pelo epíteto de pioneira da música industrial, graças aos violentos e apocalípticos concertos na qual conjugavam instrumentos convencionais no rock, com outros próximos da construção civil, como berbequins, rebarbadoras e martelos - muitos construídos pelos próprios músicos. Liderados por Blixa Bargeld - durante anos, um dos Bad Seeds de Nick Cave - os Neubauten evoluiriam e são hoje uma banda nova: o terrorismo sónico foi substituido por uma maior riqueza harmónica e pela construção de dinâmicas. Sem editora, acabam de lançar “Alles Wieder Offen” - em português e numa tradução livre, “Tudo aberto de novo”, disco totalmente financiado pelos admiradores da banda.

Para além de picarmos o novo disco, a emissão desta semana ficou preenchida por uma conversa telefónica com Alexander Hacke - um dos mais antigos membros dos Neubauten.

PS. Temos resmas de belas compilações da editora FatCat para vos oferecer - cortesia da Flur. Para ganharem, só têm que nos escrever e indicar um nome que gostasses de ouvir no programa e dizer porquê.

Amanhã (17 de Outubro) estreamo-nos na Antena 3, algures entre as 22h e 23h, no programa "Portugália" do Henrique Amaro. Os especiais serão exclusivamente dedicados à música portuguesa e terão uma periodicidade quinzenal. Na primeira emissão vamos estar à conversa com o Tiago Miranda sobre os seus Loosers - uma das mais sólidas propostas do underground europeu. Espero que gostem.

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Function @ Laurent Orseau

Interview & in-studio performance with Function's Matt Nicholson

Aquando do lançamento de “Secret Miracle Fountain”, Matt Nicholson – líder do colectivo musical Function – descreveu o seu mais recente disco como um documento representativo dos últimos quatro anos da sua vida. Entre luxuriantes orquestrações, vozes afogadas em distorção, exercícios de electrónica minimal, gravações de campo e canções mais ou menos convencionais, julgamos que o australiano padece de esquizofrenia. Mas não, a heterogeneidade da proposta, resulta sim, de um produção que envolveu a participação de mais de três dezenas de amigos músicos e a gravação num sem número de locais – entre Sinai (Egipto) e Brooklyn (E.U.A.), Quioto (Japão) e Veneza (Itália).
Em trânsito por Portugal (a convite da Team Judas), tivemos a oportunidade de conversar com Matt Nicholson sobre a importância das viagens e religião na sua música.

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Dirty Projectors

These are exciting times for us. A new season has just begun and we’re about to start a fortnightly collaboration with national broadcast about Portuguese underground music. Of course, the weekly hour Podcast will continue and we’ve already prepared some sweet sessions with inspirable acts. All suggestions - musical among others - are pretty much welcome. To have your material considered for broadcast the show, please contact me


Caríssimos,

Foi um ano em cheio. Pelo estúdio lá de casa passaram mais de duas dezenas de nomes, nacionais e internacionais, responsáveis por alguma da música que mais nos inspirada e entusiasma. Fomos de férias, descansámos, e a noite passada regressámos ao éter para dar início à temporada 2007/08 do Má Fama.

Mantemos o espaço na Rádio Zero (Segundas, às 22h) e iniciamos, a convite do Henrique Amaro, uma colaboração quinzenal no “Portugália” na Antena 3 exclusivamente dedicada à música portuguesa (dar-vos-emos mais notícias brevemente).

Estamos ainda a organizar a vinda de Julianna Barwick ao nosso país. Praticamente desconhecida, a norte-americana elegeu a voz como instrumento de eleição, sobrepondo-a em camadas, criando curtas e belas canções circulares. Podem vê-la já no próximo dia 11 no Barreiro, e dia 13 em Lisboa, integrada no Festival Inversion – iniciativa que também apoiamos.

01 Lions Jonquil
02 Mercy Lucky Dragons
03 Safer Animal Collective
04 La Booly Boo Eric Copeland
05 Fucked For Life The Dirty Projectors
06 No More The Dirty Projectors
07 Dead Vine Blues The Grails
08 This is Not Here/This is Not Now Angels Of Light
09 Poço da Morte Tropa Macaca
10 Paper Planes M.I.A.

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Animal Collective © Sérgio Hydalgo

At last here it is, the interview session with Dave, Noah and Brian from Animal Collective. Recorded one month ago in Lisbon, is now available for download. After a short summer break, we'll be back in September.

Em pausa estival regressamos, excepcionalmente, para disponibilizar a entrevista com os Animal Collective, registada há mais de um mês aquando da passagem da banda norte-americana por Lisboa para uma série de ensaios. Até Setembro!

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Kyp Malone © vera mar-melo

Interview and in-studio performance with KYP MALONE, guitarist and vocalist from Tv On The Radio

Kyp Malone canta e toca guitarra nos norte-americanos Tv On The Radio – banda com a qual nos visitou, há coisa de umas semanas, integrando o cartaz de um grande festival de Verão lisboeta. Melómano compulsivo, apaixonado pelas artes visuais, desde cedo a composição musical assume um papel predominante na sua vida. Os concertos em nome próprio têm decorrido esporádica e descomprometidamente, em contraponto ao ritmo estonteante inerente à dimensão mediática da sua banda principal. Aproveitando a sua estadia na capital, e um pouco por acaso, Malone acabou por actuar no Lounge, num concerto íntimo e emotivo. Quase, quase de férias, o Má Fama teve a oportunidade de interagir com Kyp Malone e ouvi-lo tocar algumas das canções que deverão fazer parte do seu primeiro disco a solo - ainda em fase de gestação – assim como uma dos seus Tv On The Radio.

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Raccoo-oo-oon © flipyrface

01 Fyrtrnet Part I Elegi
02 Plaster Casts Of Everything Liars
03 Mirror Blanket Raccoo-oo-oon
04 Green Buritos Eric Copeland
05 Black River Song Angels Of Light
06 We Are Him Angels Of Light
07 I Wanna Be Black Valerio Cosi
08 Milk & Tea Matthew And The Arrogant Sea
09 Pankcakes On Mars Matthew And The Arrogant Sea
10 Little Waves Crescent
11 Cover The Windows And The Walls Grouper

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New York based First Nation intuitively blends rock, folk, noise, and snippets of pop into an organic, experimental whole. Last year the all-female trio released their homonymous debut thought Animal Collective’s record label – Paw Tracks. There is a new album coming as new songs has been played at live shows through Europe. We caught them in Lisbon, recorded their show at the ZDB Gallery and shared a nice conversation.

A estreia das nova-iorquinas First Nation no catálogo da Paw Tracks - editora dos Animal Collective - revelava uma súmula de géneros, intuitivamente misturados, onde o rock, folk e noise conviviam pacificamente com o pop. Assumidamente influenciadas pelos vizinhos e amigos Black Dice, Gang Gang Dance e Animal Collective, o trio feminino tem andando em digressão pela Europa apresentando algumas das novas canções a figurar num disco a editar em Outubro. Durante a sua passagem por Lisboa, tivemos oportunidade de falar com elas e de registar, parcialmente, o concerto realizado na ZDB.

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Chat © vera mar-melo

Chat - whose real name is Charlène Juarez - started to compose late. Two years ago, after years of studying piano, she decided to write songs in her mother tongue, french. Her music claimed the attention of the portuguese netlabel Merzbau and launched, through them, an online EP. Recently, a major record label - Capitol - offered her a contract with complete artistic control. At the moment, she's in Paris preparing her first major release but first recorded a radio session just for us.

Chat - nome artístico de Charlène Juarez - começou a compor tarde. Há dois anos, depois de largos anos a estudar piano, aventurou-se na escrita de canções, sempre interpretadas na sua língua natal, o francês. A sua música chamou a atenção da netlabel portuguesa Merzbau, que disponibilizou, livremente, as suas primeiras músicas. Recentemente, Chat foi convidada a ingressar o catálogo de uma grande editora - a Capitol - estando presentemente a preparar a gravação do seu primeiro longa duração. A convite da Merzbau, a cantora e compositora realizou uma digressão nacional e aceitou gravar e falar para nós.

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Dan Deacon © Jonathan Purvis

01 The Cloud of Unknowing James Blackshaw
02 Woody Wooodpecker Dan Deacon
03 The Crystal Cat Dan Deacon
04 Were You Gone Brutal Vainqueur
05 Atlas Battles
06 Heart Current Grouper
07 I’ve Been Out Walking Nina Nastasia & Jim White
08 Late Night Nina Nastasia & Jim White
09 Zurvan Sir Richard Bishop
10 Seven Stars Matteah Baim

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Jana Hunter © settledownbrown

Usually related with Devendra Banhart – with whom she shared a split album and recorded, under his Gnomonsong label, her two major LPs – Jana Hunter is, without any doubt, one of the most talented singer-songwriters of her generation. After the open wound “Blank Unstaring Hairs of Doom”, Hunter returns with a more cohesive and bright – still ambiguous – album, titled “There’s No Home”, and recorded – just for us - a relaxed interview and an in-studio performance.

A cantora e compositora Jana Hunter é hoje, indubitavelmente, uma das mais talentosas escritoras de canções. É frequentemente associada ao omnipresente Devendra Banhart, que a incluiu na seminal compilação "Golden Apples Of The Sun", com quem partilhou um "split" e que ainda apadrinhou, via Gnomonsong, editora que gere em parceria com o Andy Cabic (Vetiver), os seus dois e únicos longa-duração. No entanto, esta ligação a Banhart está longe de indiciar falta de génio.A escrita emotiva e intuitiva é suportada por uma voz andrógina que tanto seduz como causa estranheza. Depois da ferida aberta "Blank Unstaring Heirs of Doom", a norte-americana regressa com "There's No Home" - um disco mais luminoso e coerente - e aproveitámos a sua passagem por Lisboa para registarmos mais uma sessão musical.

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© Erik Skodvin

After a week of absence – duo to logistic problems related with the studio – we return with a standard show. Besides Dan Deacon and Gang Gang Dance's new releases – among others – we’ve the honour of playing a new improv composition by Svarte Greiner, specially made for our show. Greiner – the artistic name of Erik Skodvin – is one of the most talented musicians combining electronics with organic elements. He’s also a Deaf Center member and runs the netlabel Miasmah.
Next week we’ll have an interview and in-studio performance with Jana Hunter.

Depois de uma semana de ausência – motivada por problemas com o estúdio de gravação – regressamos às emissões tradicionais. Em destaque uma peça de mais de vinte minutos, composta propositadamente para o programa pelo norueguês Svarte Greiner. Greiner é o alter-ego de Erik Skodvin, um dos mais interessantes músicos actualmente a trabalhar as novas músicas electrónicas. Para além de gerir a netlabel Miasmah, edita regularmente pela influente Type Records, tanto individualmente como em colaboração com Otto Totland na excelente dupla Deaf Center. Para ouvir ainda, entre outros, os novos trabalhos de Dan Deacon e Gang Gang Dance.
Para a semana retomamos as sessões especiais com uma performance exclusiva com a norte-americana Jana Hunter.

01 Laughing And Crying Jana Hunter
02 Wham City Dan Deacon
03 Declare Independence Björk
04 Tihou Beyatene Tartit
05 Untitled #3 (excerpt from Retina Riddim DVD) Gang Gang Dance
06 Stein Fuglen Svarte Greiner
07 Ramblings Dan Deacon

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Interview and in-studio performance with London-based 12 string guitarist James Blackshaw.

Depois da intensa emissão com a norte-americana Larkin Grimm, regressamos às sessões musicais com James Blackshaw – virtuoso da guitarra de doze cordas de aço. Apesar dos seus 24 anos, o compositor e instrumentista britânico já editou uma série de discos – inicialmente no suporte de CD-R – atingindo uma maior projecção mediática com o excelente O True Believers (2006, Important Records), colecção de quatro peças instrumentais centradas na guitarra acústica de doze cordas, magistralmente executadas. Influenciado pelo dedilhado desenvolvido por John Fahey e Robbie Basho, Blackshaw partilha ainda o gosto pela música contemporânea, música Koto japonesa, ragas da Índia do Sul, música folk iraniana, psicadélia e a exploração do drone.

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Interview & in-studio performance with songwriter Larkin Grimm

A cantora e compositora norte-americana Larkin Grimm possui um lugar só dela na música Folk psicadélica contemporânea. Ainda assim, podemos associá-la a outros cantautores como Josephine Foster, Fursaxa, Viking Moses ou Banhart. Nasce em Memphis, num ambiente comunal – onde vive até aos seis anos – e cresce na Geórgia rodeada pelos Montes dos Apalaches no seio de uma família de músicos. Depois de concluir Belas-Artes em Yale, busca a aventura, palmilhando milhares de quilómetros à boleia. A expressão artística veio depois – até então a sua maior preocupação fora, apenas e só, aprender - na forma de dois belíssimos discos editados pela selecta Secret Eye. Descendente de nativos norte-americanos e nómadas europeus, a música de Larkin Grimm versa - de forma livre, mas simultaneamente consciente da tradição que a antecede - sobre assassinatos, paixões, sexo e morte. A voz extremamente expressiva e os seus violentos e autobiográficos poemas, chamaram a atenção de Michael Gira (ex-Swans, Angels of Light) que a convidou a ingressar na sua Young God Records e ainda a colaborar no seu próximo disco a solo. Finalmente, depois de meses de troca de mails, Larkin Grimm consumou uma mini-digressão pelo nosso país e registou uma sessão de rádio para nós.

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01 Autor Maja Ratkje
02 Earth Flower-Corsano Duo
03 Earth Intruders Björk
04 Blue Sands Colleen
05 Unt.4 Julianna Barwick
06 Dancing With Friends Julianna Barwick
07 The Pushers Wooden Wand
08 I Was Not There Ignatz
09 We Must Also Love The Thieves Wooden Wand
10 James & The Quiet Wooden Wand
11 Spitting At The Camera Wooden Wand
12 Devil Do Holly Golightly & the Brokeoffs
13 This Place In Time Colleen

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© Sérgio Hydalgo

Interview & In-Studio performance with portuguese recently formed free/improv collective Curia featuring Manuel Mota, Margarida Garcia, Afonso Simões (also member of Fish & Sheep, Phoebus and Manta Rota) and David Maranha (from Osso Exótico and Organ Eye).

Depois de uma semana de ausência, motivada por problemas técnicos e pelo redesenho da nossa página electrónica, regressamos ao éter com uma emissão especial. Em estúdio para uma sessão musical temos o recém formado colectivo Curia, que reúne Manuel Mota e Margarida Garcia nas guitarras, Afonso Simões (Phoebus, Fish & Sheep e Manta Rota) na bateria e David Maranha (Osso Exótico e Organ Eye) no órgão - todos eles com créditos mais do que firmados na cena musical nacional e internacional.

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01 Autor Lily Greenham
02 Octet Deerhunter
03 Heatherwood Deerhunter
04 Shimmer Soft Circle
05 Nawne Ye Fursaxa
06 The Day I Would Bury You Nina Nastasia & Jim White
07 I Write Down Lists Nina Nastasia & Jim White
08 Knucker Humcrush
09 Our Discussion Nina Nastasia & Jim White
10 Babies Jana Hunter
11 Movies Jana Hunter
12 Memórias De Quem João Paulo
13 Julius Caeser (Memento Hodie) Nico

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© Pedro Cláudio

Interview & In-Studio performance with portuguese songwriter JP Simões

Na noite passada, recebemos JP Simões, a voz do Quinteto Tati e ex-Belle Chase Hotel. Acompanhado pela sua guitarra, ofereceu-nos esboços de novas canções, versões, instrumentais, e ainda, canções de 1970 – o seu primeiro disco a solo, recentemente editado. A escrita rica e depurada de JP Simões contrasta com o balanço melancólico dos arranjos musicais, directamente influenciados pelo Brasil de Chico Buarque, João Gilberto ou Edu Lobo. Um grande escritor de canções.

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01 Easy On The Bones Svarte Greiner
02 Take Pills Panda Bear
03 The Boar Was My Friend Svarte Greiner
04 Get It On Grinderman
05 No Pussy Blues Grinderman
06 O True Believers James Blackshaw
07 Bird Jana Hunter
08 There's No Home Jana Hunter
09 David & The Phoenix Glenn Jones
10 Clarice Caetano Veloso

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Interview & in-studio performance with Josephine Foster

Com uma curta, mas muito prolífica carreira, a compositora e multi-instrumentista Josephine Foster é hoje uma das mais talentosas cauntautoras norte-americanas. Com uma conturbada passagem pela escola de ópera, da qual desistiu pela rigidez do ensino, encontrou nas suas composições a liberdade formal e criativa que tanto ambicionava. Depois de alguns lançamentos caseiros mais ou menos obscuros, grava enquanto Born Heller, duo que partilha com o contrabaixista Jason Ajemian. No entanto, é com a inclusão de uma canção sua em Golden Apples Of The Sun - compilação curada por Devendra Banhart para a revista Arthur - que chega a um público mais alargado. O seu mais recente disco, A Wolf In Sheep's Clothing (Locust, 2006), recupera de forma singular o cancioneiro das art-songs alemãs do Século XIX. De regresso a Portugal para um par de concertos, aproveitamos para conversar e registar uma curta, mas bela sessão musical com Miss Foster.

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01 Mina Mo Yuko Ikoma
02 Berlinda The One Ensemble
03 The Greater Times Electrelane
04 Saturday Electrelane
05 Matadjem Yinmixan Tinariwen
06 63 Tinariwen
07 Saddest Summer Alexander Tucker
08 Strange Machines Peter And The Wolf
09 Silent Movies Peter And The Wolf
10 Kyardardem Tinariwen
11 Untitle #5 Charles Cohen & Ed Wilcox
12 Something On Your Mind Karen Dalton
13 Same Old Man Karen Dalton
14 I Will Always Love You Viking Moses

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01 Noite Ricardo Rocha
02 To Make A Ring (Adaptation) Woven Hand
03 Horse Head (Acoustic adaptation) Woven Hand
04 Morning Song Spires That In The Sunset Rise
05 Colère Nuru Kane
06 The Upper Reaches Of Wind River The Grand Hotel
07 Goree Nuru Kane
08 My Impure Hair Blonde Redhead
09 Silver Saddle (Performance text excerpt) Woven Hand
10 Untitle 2 Delphine Dora & Friends
11 Night Bill Callahan
12 Untitle 13 Delphine Dora & Friends
13 Untitle 16 Delphine Dora & Friends

Wallpaper : Gnawas' Essaouira - Heritage Musical

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© Pedro Cunha

Regressamos ao éter, depois de uma semana de ausência motivada por problemas técnicos, com uma conversa com o colectivo minhoto La La La Ressonance, responsável por "Palisade" (Bor Land, 2006) – lição de maturidade e coerência artística.

(…) La La La Ressonance, e o disco, Palisade, é como mais uma estaca defendendo a liberdade formal em que sempre acreditaram. Instrumental, ambiental, jazzístico, carismático, este passo não completa a carreira destes músicos, aumenta-a, obrigando a uma contínua catalogação que, quanto a mim, nunca poderá, nem deverá, ser segura.Palisade é brilhante no seu despojamento. É um disco típico de quem nunca teve pressa. Resulta numa simplicidade desarmante, fazendo lembrar, por vezes, o novo jazz nórdico (…) , misturado com alguma solaridade. Trata-se de um quase-jazz delicado e contido, exercido por excelentes músicos ocupados ainda com acreditar em melodias perfeitas, mesmo que buscadas em momentos tantas vezes efémeros, numa lógica de fragmentação enorme, como se estivéssemos perante uma banda sonora ou uma colecção de apontamentos de mestre”
Valter Hugo Mãe, 2006

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A Spotlight on "the sound of young Melbourne" (Australia), featuring music form Brothers & Sisters, Pocketclock and Mistletone Records (Thanks to Ash, Sophie, Sam and Royce)

Fugimos do Inverno e viajamos até à Costa Sul da Austrália, até à maior cidade do Estado de Victória, Melbourne. Há uma nova música na cidade, maioritariamente Pop, com epicentro nas editoras Pocketclock, Brothers & Sisters e Mistletone.

01 I Am A Dumbwaiter Pompey
02 The Salt Pompey
03 I Am A Platypus Head And Tail Pompey
04 Helmets and Flags Young Love
05 King Kobra Young Love
06 Possessed Emperor Of Blefuscu
07 Auslan: Holland 08. Imperial Poland
09 Random Pop Poland
10 We Don’t Know Inquiet
11 Emperor Child Inquiet
12 Paper + Pen Kes
13 Gates Of Zion 2 Ariel Pink

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© vera mar-melo

Interview & In-studio performance with Tiago Sousa, member of Goodbye Toulouse and Jesus, the Misunderstood and founder of Merzbau Records.

Tiago Sousa (responsável pela editora Merzbau, e membro dos colectivos Goodbye Toulouse e Jesus, the Misunderstood) não se considera pianista, a sua aproximação ao instrumento é intuitiva. Crepúsculo, a sua estreia a solo acontece, espontaneamente, depois de receber da sua avó um velho piano. Na intimidade do seu quarto, constrói belas canções outonais, pejadas de melancolia. Depois duma intensa sessão musical com Panda Bear (dos Animal Collective) cruzámos o Tejo, com destino ao Barreiro, e tivemos o privilégio de ouvir as novas composições do Tiago executadas no seu piano acústico.

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© Sérgio Hydalgo

Interview & In-studio performance with Noah Lennox aka Panda Bear (core member of Animal Collective).

Depois da pausa de fim-de-ano, estreamo-nos em 2007 com mais uma emissão de luxo. Em estúdio, para uma sessão musical, esteve Panda Bear, alter ego de Noah Lennox, metade do duo fundador dos Animal Collective ao lado de Avey Tare. Depois de "Young Prayer", disco catarse registado após o falecimento do seu pai, Lennox arruma a guitarra e grava, com o auxílio de dois samplers , uma mão cheia de grandes canções que cruzam referências geográficas tão dispares como a Jamaica de Lee "Scratch" Perry ou a Califórnia de Brian Wilson. Oportunidade única para escutar, em primeira-mão e ao vivo, o novo "Person Pitch" (Março 2007, FatCat) e ficar a conhecer, na primeira pessoa, as estórias que envolvem a feitura do disco.

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Interview & in-studio performance with the portuguese singer & ukulele player Rita Braga

"Rita Braga (aka Blue Bobby, Pipi Machen, Quá Quá...) comes from Lisbon, where she's studying musicology, after jumping through some other areas, such as comics/illustration and teaching English to children in Poland. (...) As far as her work in music goes, she has drawn on many influences, but she has an easy-going gravitation towards the 1920's and 30's, from early jazz to novelty music. That led her to learn to play ukulele and the popular music from the time. (...) As for a future musicology carreer, she would like to become a pioneer of Extraterrestrial music before the Earth goes "BOOM" (in GRRR! '06)

Regressamos às sessões musicais com Rita Braga aka BLUE BOBBY (também Pipi Machen, Quá Quá...). Artista emergente, praticamente desconhecida em Portugal, obteve no último ano atenção por parte dos media Sérvios (a primeira portuguesa a actuar na MTV Sérvia!!!). No seu universo habitam simultaneamente, Bugs Bunny, música contemporanea das primeiras décadas do Século XX, o Jazz de Annette Hanshaw, Sci-Fi e Bollywood. O humor e o absurdo são uma constante no seu trabalho. Acompanhada por um ukulele (cavaquinho de cordas de nylon), Blue Bobby opera, de forma única, uma reciclagem da música popular de origem diversa. "Abaixo o Digital, Viva o Paranormal".

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A partir desta semana, contamos com o apoio da loja de música, editora e distribuidora ANANANA. Localizada no Bairro Alto em Lisboa (Travessa da Água da Flor, 29), é responsável, há mais de 16 anos, pela divulgação de alguma da mais estimulante e inovadora música contemporânea.

01 Starry Night Mazen Kerbaj
02 Me Saw Me Momma Kevin Blechdom
03 Paris Red Crayola
04 Oh I Was Bad Red Crayola
05 People Animal Collective
06 Carrots (excerto) Panda Bear
07 Link In Your Chain Larkin Grimm
08 Rocky Top Larkin Grimm
09 Stairway To The Stars 1 Rita Braga aka Blue Bobby
10 1970 (Retrato) JP Simões
11 Se Por Acaso (Me Vires Por Aí) JP Simões
12 Avant La Haine Joana Preiss & Romain Duris

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© vera mar-melo

Outono é sinónimo de festa, pelo menos para os lados da Margem Sul. Os Encontros de Música e Imagem do Barreiro, prosaicamente intitulado Out.fest, regressam pela terceira vez, para agitar o “movida” da Grande Lisboa. Até ao próximo dia 16, ainda há muita coisa para ver e ouvir. Para além das gulodices sonoras, conversamos com dois dos organizadores do certame, Tiago Sousa e Rui Dâmaso, respectivamente das editoras Merzbau e Searching Records.

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© Andrew Kendall

»Interview & musical session with Six Organs of Admittance

Depois de na semana passada termos revisto alguns dos mais interessantes lançamentos discográficos nacionais com selo '06, regressamos às emissões especiais. Esta semana temos um convidado de luxo, o Sr. Six Organs Of Admittance, alter-ego do norte-americano Ben Chasny. A conversa, devidamente ilustrada com canções tocadas à guitarra acústica, em exclusivo para a Má Fama.

Conto-vos tudo, aqui.

Outros textos:
> Concerto de Lula Pena
> Concerto de Sunburned Hand of the Man & Loosers
> Entrevista a Noxagt
> Entrevista a Ignatz